Bem, como vcs sabem, minha melhor amiga faleceu desta doença, com 39 anos. Então, euzinha, que já tinha postado sobre Mal de Alzheimer, doença que acometeu e arrebatou a mãe dela, resolvi mostrar para vcs o que é esta doença e como se prevenir e, quem tiver, tratar.
As miocardiopatias são doenças progressivas que alteram a estrutura e comprometem a função de bomba da parede muscular (miocárdio), das câmaras inferiores e maiores do coração (ventrículos). Existem inúmeras causas para as miocardiopatias, no entanto , alguns casos não têm uma causa identificável (casos idiopáticos).
TIPOS DE MIOCARDIOPATIAS:
Existem 5 tipos distintos de miocardiopatias :
- miocardiopatia dilatada (MCD);
- miocardiopatia hipertrófica (MCH);
- miocardiopatia restritiva (MCR);
- displasia arritmogênica do ventrículo direito; e
- miocárdio não-compactado.
O ecocardiograma (exame que avalia a estrutura e a função do coração através de imagens obtidas por ultrassom), costuma ser o principal exame para o diagnóstico dos diversos tipos de miocardiopatias. A tomografia e ressonância cardíacas também podem ser úteis.
- MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA: O termo miocardiopatia hipertrófica (MCH) indica um grupo de doenças cardíacas caracterizadas por um espessamento anormal das paredes ventriculares (hipertrofia). A miocardiopatia hipertrófica pode ser um defeito genético-hereditário. Ela também pode ocorrer em adultos com acromegalia, um distúrbio resultante do excesso de hormônio do crescimento no sangue ou em portadores de feocromocitoma, um tumor que produz adrenalina. Geralmente, qualquer espessamento das paredes musculares do coração (hipertrofia), representa a uma reação a um aumento da carga de trabalho , como ocorre na hipertensão arterial ou no estreitamento da válvula aórtica (estenose aórtica). Estes dois distúrbios , aumentam a resistência da saída de sangue do coração. No entanto, os indivíduos com miocardiopatia hipertrofica não apresentam essas condições. A intensa hipertrofia dos ventrículos, dificulta que estes relaxem para receber o sangue que vem oxigenado dos pulmões. Uma das conseqüências , é um acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar) e, conseqüentemente, uma dificuldade respiratória (dispnéia). A hipertrofia intensa , também dificulta a saída de sangue do coração , sendo essa forma grave de miocardiopatia hipertrófica , chamada de obstrutiva.
- Sinais , sintomas e diagnóstico:
Os sintomas típicos da miocardiopatia hipertrófica são a falta de ar , dor torácica, palpitações , lipotímia (sensação de desmaio) ou até mesmo, a síncope (desmaio). Muitos pacientes podem ser assintomáticos. Em decorrência dos batimentos cardíacos irregulares (arritmias cardíacas), pode ocorrer a morte súbita. Geralmente, o médico suspeita de uma miocardiopatia hipertrófica através do exame clínico.
O diagnóstico é confirmado por um ecocardiograma.A tomografia e a ressonância cardíaca podem ser úteis. No caso do médico aventar a possibilidade de uma cirurgia, pode ser necessária a realização de uma cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia.
- Prognóstico e tratamento:
Anualmente, cerca de 2% das pessoas com miocardiopatia hipertrófica morrem. Geralmente, a morte é súbita. A morte por insuficiência cardíaca crônica é menos comum. Pode ser necessário o aconselhamento genético para os indivíduos que apresentam esse distúrbio de natureza congênita e que desejam ter filhos.
O tratamento tem como objetivo principal, reduzir a resistência cardíaca à entrada de sangue que chega oxigenado dos pulmões, entre cada batimento cardíaco. Administrados de forma isolada ou simultânea, alguns medicamentos são a base do tratamento.
Uma forma de tratamento da miocardiopatia hipertrófica, é através da obstrução de uma artéria, chamada de septal, que irriga a parte espessada do músculo cardíaco.
Desta forma , este procedimento ( realizado por cateterismo cardíaco ), acarreta a destruição desta porção do músculo , aliviando os sintomas da doença e evitando uma cirurgia.
A cirurgia de remoção de parte do miocárdio melhora o refluxo do sangue do coração, mas essa operação é realizada apenas em indivíduos cujos sintomas são incapacitantes apesar da terapia medicamentosa. A cirurgia pode reduzir os sintomas, mas não diminui o risco de vida.
O implante de um marcapaso artificial poderá ser indicada em portadores de miocardiopatia hipertrófica, podendo melhorar a disfunção cardíaca causada pela doença. O desfibrilador automático implantável é um dispositivo que identifica arritmias cardíacas e as trata imediatamente , através de um choque elétrico. Alguns pacientes com miocardiopatia hipertrófica , serão candidatos ao implante deste dispositivo.
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